O vice-presidente da República e ministro da indústria, comercio e desenvolvimento Geraldo Alckmin, anunciou na tarde desta quinta-feira (11), que as exportações de frango para o Reino Unido passam ser feitas com documentos digitais. Essa documentação era enviada de forma física e demorava cerca de 10 dias para chegar no país, atrasando o processo.
Os certificados de origem são exigidos para que o produto entre no mercado exterior. O envio custava R$ 166 para o exportador brasileiro. Com a nova medida, o documento pode ser emitido no Portal Único de Comercio Exterior, que tem assinatura eletrônica e mecanismo checar a autenticidade.
O diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal, Luís Rua, lembrou que é uma medida essencial para os produtores de frango do país e especialmente Santa Catarina. “O estado produz cerca de 15% de todo volume do Brasil e exporta para o Reino Unido. Essa medida facilita bastante o processo com rapidez e custo”, afirmou.
O diretor também explicou que houve mudança na cota que o Brasil tem para enviar a proteína para o Reino Unido. Segundo ele, a cota total era feita incluindo a União Europeia. Com o Brexit, expressão usada para o processo de desligamento do Reino Unido da União Europeia, a cota foi fatiada entre os dois e Reino Unido tinha ficado com uma parte menor em algumas categorias de produtos de carne de aves. Agora foi reorganizado, dando direito ao país comprar mais do Brasil.
Linha de Crédito
Geraldo Alckmin fez o anúncio ao lado do presidente do Sebrae Nacional, o catarinense Décio Lima. Os dois tiveram uma reunião de cerca de duas horas para discutir medidas para os pequenos e médios empresários do país. Segundo Décio, o principal assunto foi o fornecimento de crédito.
A intenção do Sebrae, juntamente com governo federal é criar uma linha de crédito com juros simbólicos. “Falamos sobre a grande preocupação do Brasil hoje, a taxa Selic que é um absurdo e castiga o micro e pequeno empreendedor. Estamos criando um fundo garantidor, para que possamos oferecer crédito para o micro e pequeno empreendedor do país, sem a voracidade do mercado e essa agressividade do Banco Central”, afirmou o presidente do Sebrae Nacional.